PROCRASTINAÇÃO E SAÚDE MENTAL
- Magno - Psicólogo CRP 16/8772
- 8 de jul. de 2022
- 2 min de leitura
Todos nós, constantemente, fazemos planos para nossas vidas e isso inclui se matricular em um curso, ler determinado livro, fazer certo exame de saúde ou tentar se planejar financeiramente e, no caso de situações mais corriqueiras, resolver problemas menores do cotidiano como: levar o carro na oficina, fazer um reparo na casa/apartamento ou até mesmo visitar um amigo.
Diante de diversas situações sempre usamos a mesma desculpa: amanhã ou na próxima semana eu realizo/finalizo. Dessa forma os compromissos aumentam, a lista vai crescendo e se torna uma verdadeira bola de neve e as pendências se acumulam cada vez mais.
Caso você ainda não saiba, essa atitude tem um nome: chama-se PROCRASTINAÇÃO. Trata-se do velho ato de deixar para depois, ou seja, adiar decisões e/ou compromissos que precisam ser finalizados no presente.
Sabe o que é pior? Tal atitude, que posteriormente se torna um “vício” e consequentemente acaba por criar complicações em nossa autoestima, pois, ao pensarmos na atividade incompleta, de forma automática também nos deparamos com aquela dose de arrependimento, resultado de nossa estagnação.

“Entendi Magno, mas afinal, por que fazemos isso?”
Pesquisas apontam que na maioria das vezes, de forma inconsciente, acabamos distorcendo a percepção do tempo necessário para resolver determinada tarefa, consequentemente consideramos que vamos precisar de menos tempo e dessa forma subestimando a resolução imediata da tarefa.
Se tratando da saúde mental, a procrastinação pode ser vista, muitas vezes, como um sintoma de alguns transtornos, sendo os mais comuns a depressão e ansiedade. Em relação a patologia, determinado comportamento em dado momento pode ser prejudicial e adoecer alguma ou várias esferas da vida, para isso se faz necessário avaliar se tal comportamento compromete aspectos importantes da rotina, da vida pessoal, social, profissional e/ou amorosa.
Vale destacar também, que pesquisadores identificaram que tal atitude está intimamente ligada à regulação emocional. Algumas tarefas são chatas de fazer, concorda? Assim com a possibilidade de assistir sua série favorita recém lançada em poucos cliques, é comum pensarmos “lavar a louça é muito chato, acho que vou assistir um episódio da série e depois, quando estiver me sentindo melhor, faço isso”. Fazemos outras tarefas mais prazerosas (exemplo: assistir série favorita), como forma de ALIVIAR algo QUE CAUSA MUITO DESCONFORTO.
Contudo no final da atividade prazerosa, só de pensar na tarefa chata que precisa ser finalizada já causa incômodo e o ciclo se repete a pessoa busca realizar atividades mais prazerosas novamente.
Agora que entendemos com detalhes essa atitude de procrastinação, abaixo vou listar algumas consequências comuns em relação à saúde mental que podem ser:
Estresse;
Sentimentos de culpa;
Sentimentos de inadequação;
Acúmulo de tarefas;
Noites mal dormidas;
Sensação de que a produtividade poderia ter sido melhor.
Procrastinar é um “hábito” do qual muitas pessoas tentam se livrar, mas simplesmente não sabem como, até porque muitas vezes não entende sobre e consideram como normal. A terapia ajuda a observar os próprios pensamentos, descartar aqueles que são destrutivos e, e manter os pensamentos construtivos.
Lembre-se: se você sente que está precisando de ajuda, contate um psicólogo e/ou psiquiatra de confiança!
Vamos conversa?
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